quarta-feira, 10 de junho de 2009

Go back to the tiny little box where I´ve put you




Será que tudo que você já fez comigo ainda não foi o bastante? Será que a minha insistência em te manter distante de mim não é o que o seu ego necessita? Por que você insiste em não me deixar em paz? E se eu for embora do Brasil? E se isso for verdade? E se eu não voltasse nunca mais? E se eu morresse? Ou arranjasse um namorado que me ama e me faz feliz, diferente de tudo que você já foi pra mim? Isso seria seu fim? Assim você me deixaria em paz? Ou você sofreria por ver que não estou mais no seu nome, que não sou mais propriedade sua e que você não tem mais poder sobre mim? Que Deus me perdoe, mas eu faria qualquer coisa para experimentar o doce gosto de ver sofrer por mim.

Vingança. Depois de uma grande desilusão amorosa, esse foi o principal objetivo de uma grande amiga. Queria que quem a fez sofrer, sofresse também, em dobro se possível rs. E não bastaria somente o canalha sofrer, ele teria que sofrer por ela. Eu nunca apoiei essa idéia, mesmo porque eu sempre gostei muito do dito cujo em questão. Mas hoje eu entendo. Foi isso que a manteve forte, foi isso que a ajudou a segurar a onda de ter sido deixada por quem ela mais amava. E por pior que possa parecer essa idéia de vingança, ela faz muito bem, ela dá força pra seguir em frente, superar um amor perdido, curar um coração partido e deixar as portas abertas pra um novo amor. E o gostinho de se vingar de quem te fez sofrer deve ser o mais doce dos gostos. Eu ainda hei de senti-lo rs.

Pra mim as coisas devem ser simples como elas são: se alguém te ama e você não ama esse alguém, distância! Eu te amei e você não me amou, custa permanecer longe, dentro da caixinha (the tiny little box) que eu te coloquei pra te esquecer? Eu não te autorizei a sair de dentro dela, como não te autorizei mais a dirigir a palavra a mim. Me deixa em paz! Me deixa ser feliz! Me deixa seguir a minha vida, me livrar do seu fantasma e abrir meu coração pra amar uma pessoa à minha altura!

Essa história de "tiny little box" veio do Grey´s Anatomy e achei sensacional! A forma que uma mulher linda, forte, independente e apaixonada (Addison) encontrou para amenizar a dor de uma separação, separação do homem que amava, e que ainda a trocou por outra mulher. Não me lembro exatamente o que ela disse ao reencontrá-lo, porque precisava de um grande favor dele, precisava que ele salvasse a vida do irmão dela, mas foi algo do tipo: “Eu te coloquei numa caixinha depois da separação. Eu te minimizei e te tornei nada especial para que você pudesse caber nessa caixinha. Isso me ajudaria a sair da cama toda manhã...”. E depois que ele salva a vida do irmão de Addison, ela vai embora e diz: “Agora você precisa ficar bem pequenininho de novo e voltar pra caixinha...”.

E é assim que eu estou me sentindo. Não sou tão forte quanto Addison, mas me esforcei muito por muito tempo pra te reduzir a nada e te colocar numa caixinha bem pequena, esquecida num canto, caixinha essa que eu jamais pensaria em abrir novamente e muito menos tirar você de lá. Mas as pessoas em volta, comuns nas nossas vidas, fazem com que isso seja impossível, ou pelo menos muito difícil. Pra alimentar seu egoísmo e egocentrismo, seu amor próprio, seu orgulho, hoje você saiu sozinho dessa caixinha, sem que eu deixasse você sair e sem que eu te fizesse sair. Me atormentou, me tirou a paz, o chão, o ar. Meu corpo começou a tremer quando vi aquela maldita janela do MSN se abrindo na tela do meu computador, ali na minha frente sem que eu pudesse fazer nada para impedi-la de se abrir e tirar meu sossego. E eu pensei e repeti 300 vezes antes de ler a sua mensagem: “Por que eu não te bloqueei? Por que eu não te bloqueei? Por que eu não te bloqueei?”. E aí a merda já estava feita. Eu sei por que eu não te bloqueei. Por orgulho, por vaidade, por essa maldita idéia de achar que o melhor era que eu não te visse, mas que você me visse, que eu não pudesse falar com você, mas que você pudesse falar comigo, que você pudesse saber que estou bem e que minha vida continua cada vez melhor longe de você e que eu não soubesse nada a seu respeito. Como se para mim você tivesse morrido. Não te via mais online, mas sabia que você podia me ver. Era boa pra mim essa sensação. Só não pensei que seria assim. Subestimei a sua cara de pau de sempre, achando que depois de todo o ocorrido, de tudo que foi dito e o que não foi dito, de todo o transtorno que você já havia causado na minha vida você não seria mais capaz de me olhar nos olhos nem de dirigir a palavra a mim. Se não fosse por amor que no mínimo tivesse sido por respeito, por mim e pelo meu sofrimento, como forma de arrependimento e culpa por tudo que havia feito. Subestimei mesmo. Ao saber dos meus planos de viagem você voltou a falar comigo, depois de mais de um mês que paz e calmaria. O mar voltou a se revoltar, dentro e fora de mim. E daí se eu vou viajar? E daí se eu volto ou não? O que você tem a ver com isso? Aliás, hoje, o que você tem a ver com a minha vida? Me perguntando se é mesmo verdade que eu vou embora do Brasil. A minha vida não tem mais nada a ver com a sua. “A minha vida é minha e a sua que se foda”, já diria o bom, velho e revoltado Jimmy, do Matanza (que eu ouço e que me inspira nos meus momentos de mais ódio). E maldita hora em que a infeliz que te conta sobre minha vida, que te conta meus passos, que te conta o que eu faço ou deixo de fazer te contou isso. Pra que alimentar essa merda que já acabou há tanto tempo? Eu não me interesso pela sua vida e acho que por bom senso, falta de amor e respeito a mim você deveria fazer o mesmo. Você não é o bonzão? Não ta aí feliz da vida com a sua nova namorada? Além de ficar sabendo sobre a minha vida você tem a coragem de me perguntar se é verdade o que você ficou sabendo? Sai da minha vida!

Verdadeira ou não a minha resposta a sua pergunta, uma coisa é certa: eu te odeio cada vez mais, você não tem o direito e não vai sair da caixinha onde eu te coloquei, eu não quero saber de você nem quero que você saiba de mim. Eu tô feliz, com esperanças de um novo amor pra me curar das dores do passado, alguém que possa fechar as feridas que um dia você abriu e que não descansa enquanto não abri-las novamente quando elas estão se cicatrizando. Você me enlouquece e eu não preciso mais disso, eu já tenho alguém muito melhor que faz isso por você, com mais classe e amor, é claro. Você não terá mais esse poder na minha vida. Nunca mais quero passar pelo que passei hoje simplesmente por trocarmos nem meia dúzia de frases vazias e superficiais. Não quero mais que minhas mãos gelem, que meu coração dispare, que eu fique sem ar e tremendo como você já me deixou milhões de vezes inclusive hoje quando teve a péssima idéia de falar comigo. Você não tem mais poder e eu farei de tudo para que cada vez mais você não tenha poder nenhum sobre mim. Eu não sou mais sua, eu sou minha e faço de mim o que eu quiser, me entrego pra quem eu quiser.

Agora você volta pra sua caixinha e não importa o que aconteça, eu posso te ver novamente ou voltar a ter o desprazer de falar com você, eu serei forte e não deixarei mais que você abale minhas estruturas. Eu fui forte até aqui me livrando de você e serei mais forte ainda, dando continuidade e seguindo em direção aos meus objetivos, eu não deixarei mais que você me faça mal.


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