
Nunca passei por isso. Nunca tive essa alegria, ou tristeza dependendo do caso. Alegria, no meu caso, quando um amor persiste onde não deveria mais existir, quando tudo que eu mais queria era mesmo matar esse amor, ficaria feliz se ele acabasse. Tristeza, quando uma das partes vê o amor morrer e a outra ignora o fato e continua tentando ressuscitá-lo diariamente, numa tentativa frustrada, exaustiva e dolorosa, em que o coração não quer acreditar no que os olhos vêem.
E que coisa complicada é essa não é? Dois lados de uma mesma situação, dois lados opostos, que querem coisas diferentes, sentimentos diferentes. E quem vence essa batalha? Quem ama e acredita no amor ou quem deixou de amar e desistiu desse amor? Cada batalha é uma novela diferente. E precisamos assistir todos os capítulos para conhecer o desenrolar de cada história. E cada história de amor daria mesmo uma novela. Algumas seriam como dramalhões mexicanos, dramáticas, cheias de sofrimento e dor, separações e desencontros, outras seriam como as novelas da Record, mal escritas, personagens péssimos, nunca surge um gancho tão bom que te faça esperar ansiosamente pelo próximo capítulo, parece tudo tão ameno, morno, sem sal, as pessoas são felizes, mas nem tanto, sofrem com seus problemas, mas eles nunca são tão grandes assim.
Voltando ao assunto que me fez escrever hoje (tenho andando muito dispersa ultimamente, confesso)... Tenho escutado histórias sobre um amor que acabou. Histórias sobre o fim de uma história, o que é sempre triste pra uma romântica como eu (mesmo que eu esteja passando por um momento de extremo ódio pra seguir em frente com a vida após um amor que me machucou tanto). É uma situação tão complicada (e mais complicada ainda de explicar quando sei que meu texto se tornará público, não posso citar nomes nem dar muitos detalhes). É uma busca pela liberdade da juventude perdida quando se engata um namoro atrás do outro desde tão nova. É o comodismo por ter um relacionamento há tanto tempo e ter se acostumado com aquela rotina brochante de casal antigo: só se vêem no final de semana, a intimidade é uma merda, os dois já não ligam pras pequenas coisas com as quais se preocupavam tanto no começo do namoro (como a virilha depilada ou a cueca folofada rs), não tem mais conquista, mal tem tesão, o sexo (quando acontece) é básico, motel é lugar freqüentado só em aniversário de namoro, dia dos namorados e olhe lá, ninguém se surpreende mais com nada, os dois acabam se tornando previsíveis, os encontros são tão brochantes quanto o resto da relação, ou na casa dele ou na casa dela, já viram quase todos os filmes da locadora e não agüentam mais nem sentir o cheiro de pipoca de microondas, estourada quase todo final de semana pra acompanhar os filmes da locadora. E ainda rola o envolvimento da família na relação, que defende e ama o namorado da filha, neta, sobrinha, ou odeia o pobre rapaz e quer vê-lo morto e bem longe dali. LUTEMOS PARA QUE NOSSOS RELACIONAMENTOS NÃO CHEGUEM A ESSA TRISTE SITUAÇÃO! rs
E dessas coisas a que mais me incomoda é o comodismo. “Eu queria conhecer alguém melhor mas...”. “Eu não sinto mais amor por ele mas...”. “Quando eu conseguir tal coisa eu penso em melhorar a minha vida amorosa...”. “Mas ele é tão bonzinho comigo, faz tudo que eu quero...”. PORRA! Vai ficar na porra do “mas...” até quando? Vai empurrar sua felicidade com a barriga até onde? Quando eu insistia em um relacionamento autodestrutivo ouvi milhões de vezes de milhões de pessoas “Pense primeiro em você!”. É sempre assim: FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO. Quando estivermos velhas veremos quanto tempo desperdiçamos deixando as coisas pra depois, deixando a nossa felicidade pra depois, nos preocupando com a felicidade dos outros. Não defendo um mundo egoísta, cheio de Narcisos. Mas defendo a luta pela própria felicidade. E se nessa luta for preciso que alguém não seja tão feliz diante de uma escolha minha para minha felicidade, PACIÊNCIA! Quantas vezes fomos infelizes diante das escolhas dos outros em busca da felicidade deles? É essa a merda! É sempre uma merda quando envolve duas cabeças (nem sempre pensantes – experiência própria) que querem coisas diferentes. Na verdade, acho que quando essas duas cabeças já não querem as mesmas coisas é porque passou da hora de terminar. Alguém vai sair ferido, é óbvio. Se um quer terminar e o outro quer continuar, somente a vontade de um prevalecerá. Se continuarem juntos quem queria terminar, sofrerá. Se terminarem, quem queria continuar junto, sofrerá. Não tem outra saída. Só há uma escolha a fazer: OU SOFRO EU OU O OUTRO. Até quando vamos abrir mão da nossa felicidade para ver o outro feliz? E o pior é que abrir mão da nossa felicidade implica sermos infelizes.
Não vamos mais escolher nossos caminhos tornando a nossa vida uma novela da Record! Vamos ser felizes, viver intensamente, experimentar, se não der certo, mudamos, e vamos errar milhões de vezes, vamos quebrar a cara, mas não vamos mais ter medo de viver e de procurar nossa felicidade. Tem um monte de cara filho da puta por aí, certeza. Mas quero acreditar que ainda existam uns poucos e bons, que irão nos fazer feliz também. E quem disse que ter um namorado é tudo na vida? Se tivesse que escolher entre um namorado e minha amigas: SEGUNDA OPÇÃO, é claro! Não deixemos de terminar um relacionamento para procurar outro melhor com medo de que essa busca seja longa demais. Esse tempo de busca nunca é perdido! Há muitas coisas no caminho, muitas alegrias, muitas tristezas, muitas desilusões, muito aprendizado. Quem tem medo de ser feliz e de buscar a sua felicidade, nunca será feliz. E não existe felicidade quando se está com alguém que não se ama mais. Falta saber: depois que é decretado o fim de um amor, depois que você olha pro outro e diz que seu amor por ele já não existe mais, um dia, esse amor que morreu, pode voltar a existir?
Eu sei como é amigaaaaaaaa mais no momento o meu tá apenas começando!...eu amo o meu Caio!!!
ResponderExcluirBy Bruninho J.